Descrição:
Cochranella ritae é uma pequena perereca-de-vidro (19 milímetros em CRC), que pertence ao grupo de espécies de Cochranella spinosa, de acordo com Savage (2002). Cabeça grande (7,5 mm). Dentes vomerinos presentes. Membros anteriores largos. Focinho arredondado, truncado. Olhos grandes (1 mm), direcionado para frente; seu diâmetro igual à distância entre a ponta do focinho e os olhos (3 mm). Tímpano muito pequeno (1 mm), quase 1 / 6 do diâmetro do olho. Distância entre os olhos (2,5 mm) 2 vezes e meia a largura da pálpebra superior. Dedos livres e amplos, com discos dos dedos muito grandes (1 mm). Tubérculos subarticulares regulares. Tubérculos metatarsais internos pequenos, arredondados, tubérculo metatarsal externo ausente. Pernas muito longas (36,5 mm). Superfície da pele lisa; uma curta prega do canto posterior do olho até acima do tímpano. Coloração em conservante: amarelo-pálido, com pontos pretos na cabeça e na região sacral. Palpebras superiores olho negras (Lutz e Kloss 1952).

Distribuição, Altitude, Habitat:
A espécie foi descrita do Município de Benjamin Constant (4 ° 22 '38 "S, 70 ° 01' 47" W), na fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, onde presumivelmente ocorre. Benjamin Constante é uma cidade na margem direita do rio Javari, em 77m a.n.m. (Alto Rio Solimões região), não foi apresentada nenhuma localidade específica no momento da espécie descrição, embora seja provável que o espécime tenha vindo da floresta no entorno da cidade. A região está inserida na eco-região da Amazônia Central (Lutz e Kloss 1952).

História de Vida, Abundância, Atividade e Comportamentos Especiais:
O único espécime coletado foi obtido em abril ou junho (fim do período chuvoso) de 1950 por Gertrud Rita Kloss, uma naturalista assistente do Museu Nacional-RJ, durante uma expedição do museu à região do Alto Rio Solimões (Lutz e Kloss, 1952). Kloss assinalou que as florestas da região na época da coleta do exemplar estavam bem ralas, e se pareciam com uma "Capoeira" rica em árvores com troncos finos e copós. São necessárias mais informações sobre os requisitos de habitat , biologia reprodutiva, vocalizações e girinos para avaliar correctamente o estado de conservação deste taxon.

Tendências e Ameaças:
Desconhecidas. Ocorre presumivelmente em uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) federal, em Benjamin Constant. Observações:
O epíteto desta espécie é uma homenagem para Gertrud Rita Kloss, assistente de pesquisa da Dra. Bertha Lutz no Museu Nacional-RJ e coletora do holótipo. A espécie era conhecida somente pelo holótipo coletado em 1950, antigamente alojado no Museu Nacional, Rio de Janeiro, mas agora está perdido ou destruído (Cisneros-Heredia e McDiarmid 2007). Estes autores consideraram C. ritae mais semelhante a C. ametarsia do que a C. resplendens, e assinalaram que "na realidade, C. ametarsia pode ser um sinônimo de C. ritae" (Cisneros-Heredia e McDiarmid 2007).

Referências:
A lista de literatura citada encontra-se no fim do resumo em inglês.

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Escrito por: Diogo Borges Provete, Departamento de Zoologia e Botânica, Universidade Estadual Paulista-SP (UNESP), Brasil, 2008-11-30
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Citation: AmphibiaWeb. 2024. <https://amphibiaweb.org> University of California, Berkeley, CA, USA. Accessed 18 Apr 2024.

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